O Valor dos Profissionais com mais de 50 Anos: Desafiar Mitos e Abraçar a Experiência

No mercado de trabalho atual, o valor dos profissionais com mais de 50 anos é frequentemente ignorado. Ao contrário de mitos ultrapassados, estes profissionais experientes trazem muito conhecimento, adaptabilidade e dedicação ao local de trabalho. Com base em inquéritos recentes realizados pela Michael Page a milhares de candidatos na Europa continental, este artigo pretende quebrar estereótipos comuns e mostrar porque as empresas devem estar interessadas em explorar os diversos talentos e a experiência dos profissionais mais velhos.

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Desvendar os velhos mitos sobre profissionais com mais de 50 anos

Muitas vezes pensa-se que os profissionais com mais de 50 anos evitam a formação e não têm motivação. Mas vejamos os factos: a percentagem impressionante de 62% dos colaboradores mais velhos afirma que estão ativamente à procura de oportunidades de desenvolvimento de carreira. Esta estatística desafia a noção de uma ausência de motivação e destaca a vontade destes profissionais permanecerem relevantes e de fazerem contribuições significativas.

Depois, existe o estereótipo de que os colaboradores mais velhos ficam presos na sua visão e métodos. De novo, os nossos dados apontam para o oposto. Muitos profissionais com mais de 50 anos adotam um estilo de trabalho atual, incluindo “hot desking”, sendo que apenas cerca de 16% não ficam entusiasmados com a ideia, um número inferior ao dos seus colegas mais jovens. Quase metade (44%) dos colaboradores mais velhos afirma que a resistência à mudança é um dos dois principais erros que um manager pode cometer, contrariando a noção de que se opõem à mudança.

Por último, vamos abordar o pressuposto de que os colaboradores mais velhos são um investimento empresarial dispendioso devido às suas expectativas salariais e de benefícios. É verdade que estes profissionais esperam ser bem remunerados pelas suas competências e experiência. Contudo, o nosso estudo mostra que tendem a procurar aumentos salariais com menos frequência do que outras faixas etárias, sugerindo a preferência por uma abordagem mais equilibrada e realista relativamente à compensação.

Destacar pontos fortes diferenciadores dos profissionais com mais de 50 anos

O que faz com que os profissionais mais velhos se destaquem? São os seus pontos fortes únicos e melhorados ao longo de anos de experiência:

• Espírito de colaboração: uma percentagem significativa (68%) dos colaboradores mais velhos referem as interações informais como um dos principais motivos para estarem no local de trabalho, mas isso não quer dizer que a colaboração se limite à presença física. O seu desejo de interligação gera uma atmosfera amigável e colaborativa, seja pessoalmente ou por canais virtuais. 
• Facilidade de gestão: A experiência dos colaboradores mais velhos traduz-se em equilíbrio, tornando-os fáceis de gerir. Eles têm uma visão clara do que desejam para as suas carreiras e uma compreensão profunda da dinâmica do local de trabalho.
• Preparados para causar impacto: Os profissionais mais velhos muitas vezes favorecem as empresas mais pequenas, valorizando a facilidade da tomada de decisão e a intimidade de um ambiente de trabalho de dimensão humana. Não se trata de trabalhadores com mais de 50 anos a “ficarem na sua zona de conforto”, mas sim de quererem causar um impacto tangível, utilizando ao máximo a sua experiência e competências. 
• Essência em vez de estilo: Os colaboradores mais velhos são menos exigentes em certos aspetos, como na necessidade de escritórios luxuosos ou em extensas atividades de formação de equipas. Em vez disso, valorizam mais a transparência e a autonomia da empresa nas suas funções. Tendem a preferir benefícios significativos e substanciais no local de trabalho a regalias faustosas. Esta atitude é uma grande vantagem para qualquer empresa que procura uma equipa firme e dedicada.

Compreender os objetivos de carreira dos profissionais mais velhos

Para além de desvendar mitos, é crucial compreender as ambições dos profissionais com mais de 50 anos. Tal como mencionado acima, mais de seis em cada 10, estão centrados no desenvolvimento profissional, enquanto um pouco mais de metade (53%) dá prioridade aos seus cuidados de saúde e das suas famílias. Isto mostra que estão longe “assentar”, estão ansiosos por aprender mais e crescer nas suas carreiras, desafiando a ideia de que estão apenas a caminho da reforma.

A abordagem destes profissionais ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional também está em sintonia com as tendências modernas. Quando se trata de trabalhar a partir de casa, 37% sente-se confortável em fazê-lo dois dias por semana, enquanto 28% está disposto a três dias por semana, demonstrando a sua capacidade de adaptação a estilos de trabalho flexíveis.

Gestão e progressão de carreira acima dos 50 anos

A percentagem notável de 56% dos profissionais mais velhos afirma ter uma ideia clara de onde querem chegar nas suas carreiras, demonstrando interesse pela liderança e por novos desafios. Na verdade, o seu entusiasmo por funções de liderança muitas vezes ultrapassa o dos colegas mais jovens, tornando-os um recurso inestimável para orientação e desenvolvimento de equipas.

Apesar destes pontos fortes, uma percentagem impressionante de 61% não tem mentor, mas estão abertos à ideia. Isto representa uma oportunidade para os empregadores interessados em atrair colaboradores mais velhos talentosos: porque não introduzir programas de mentoria adaptados a este grupo demográfico, incluindo a mentoria inversa? Nesta configuração, os colaboradores mais jovens auxiliam os colegas mais experientes em áreas como a tecnologia, criando um ambiente onde todos aprendem uns com os outros e o respeito mútuo floresce.

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Em resumo, fica claro que os profissionais mais velhos não são apenas capazes, têm uma forma única de contribuir significativamente para o seu negócio. Ao olhar através dos estereótipos e reconhecer o valor dos profissionais com mais de 50 anos, pode enriquecer a sua equipa de talentos e impulsionar o crescimento.

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