Mulher segurando tablet com texto: Talento do Amanhã - Futuro das Finanças

À medida que a tecnologia torna redundantes algumas funções financeiras, as posições existentes estão a evoluir de um foco tradicional, baseado na análise de relatórios, em direção a equipas compostas por verdadeiros consultores de negócio. “O talento que caracteriza o perfil financeiro do futuro assenta na versatilidade, domínio de vários temas em simultâneo: tecnologia, dados, automação, desenvolvendo ainda uma excelente capacidade de storytelling para explicar todas essas vertentes”, afirma Vasco Salgueiro, Executive Manager da Michael Page Finance.  

Neste artigo, a Michael Page apresenta seis tendências para as equipa financeiras em Portugal nos próximos três anos, bem como as competências que o podem ajudar a transformar o seu potencial no talento do futuro.  

Fatores de mudança na área Financeira 

Atualmente, funções de Análise, Controlling, Accounting, Gestão de Risco e Corporate Finance encontram-se entre as mais procuradas para a área financeira.  
Mas o que devem os profissionais desta área procurar numa empresa e como podem certificar-se que têm capacidade de acompanhar a automação?  
  • Combinar competências base sólidas com skills complementares  
  • A área financeira ainda é emocionante 
  • Curiosidade e vontade de agir rapidamente 
  • Procurar mentores  
  • Motivação é essencial para a resolução de problemas e aprendizagem  
  • Recorrer à formação para encontrar a sua voz 

Combinar competências base sólidas com skills complementares 

Se, por um lado, existem menos oportunidades para os tradicionais contabilistas de débitos e créditos, por outro, combinar o conhecimento tradicional com competências complementares é uma excelente forma de assegurar o sucesso no futuro da área financeira. “Pode ter um curso de Contabilidade, mas terá de o complementar com programação, análise de dados, visualização ou programação estatística”, recomenda Eugene Low da Experian. 
Como explica Vasco Salgueiro, “O segredo para ter sucesso na área financeira é desenvolver as capacidades digitais e técnicas que lhe permitam crescer. Se as tornar em pontos fortes e as demonstrar como parte da sua experiência, os recrutadores vão reparar nisso. E nunca é demais realçar as suas soft Skills; pois mostra que pode ser um excelente parceiro de negócio”.  
A capacidade de demonstrar uma experiência diversificada é altamente valorizada, por oposição a considerar apenas números.
Neste contexto, procure construir a sua carreira em várias funções e experiências diferentes, sem ser impulsionado apenas pelo aumento de salário,
conclui o Executive Manager.  

A área financeira ainda é emocionante 

Os tradicionais cargos financeiros vão tornar-se altamente especializados e ágeis, com pessoas mais analíticas e capazes de beneficiar da eficiência promovida pela automação e pelos dados. “É realmente um momento empolgante para a área financeira, desde que tenha vontade de aprender e abraçar a mudança que daí resulta”, afirma Vasco Salgueiro.  
Graeme McKenzie, da EY, observa que “estava preocupado com o setor e questionava de onde viria o próximo CFO. Agora estou mais otimista em relação às funções financeiras da atualidade em comparação com as de há cinco anos, quando existia um grande receio de uma fuga de talento, até mesmo na Ásia e na Europa.”   

Curiosidade e uma vontade de agir rapidamente 

O pensamento ágil e flexível, combinado com a curiosidade, é essencial para o profissional financeiro do futuro. "Precisa mesmo dessa curiosidade e agilidade associadas à compreensão dos dados", diz Graeme McKenzie da EY. "Apenas assim consegue garantir que não estará simplesmente a aceitar o que dizem os relatórios, mas sim a desafiar o negócio ou, potencialmente, a antecipar novas tendências que o setor precisa perceber.”  
E como refere Vasco Salgueiro, deve ter a capacidade de se mover rapidamente no ambiente empresarial da atualidade. “É essencial ser mais ágil porque o ritmo da mudança em todos os setores e indústrias acelerou e a situação não se irá reverter”. 

Procurar mentores  

"Se tem excelentes competências técnicas e uma boa formação académica, pode desenvolver essas características, procurando um mentor. Este poderá ser fundamental para ajudá-lo a adquirir as competências de comportamentais certas" explica o Executive Manager da Michael Page Finance.  
Alan Hyslop, da Global Petro Storage, refere que um mentor pode ajudar-nos a ter uma compreensão mais profunda sobre como o  nosso conhecimento e experiência são aplicados em situações reais. “É aí que entra a maioria das soft skills: gerir outras pessoas, expressar opiniões em grupo, etc. Tudo o que é importante para criar um percurso profissional com grande potencial,” observa. 

Motivação é essencial para a resolução de problemas e aprendizagem  

Num ambiente orientado por dados, os membros da equipa financeira que se destacarão são os que olham para o problema à procura de uma solução, e não os que aceitam o primeiro resultado.  
Na qualidade de futuro ou atual perfil financeiro, não se espera que seja um especialista em tecnologias ou digital, mas deverá ter a capacidade de alavancar novas competências digitais, como novos softwares e automação de processos robóticos,
refere Vasco Salgueiro. 

 

Peter Fahey, da AstraZeneca, concorda. “A diferença que vemos nos novos talentos é o facto de sempre terem vivido num mundo tecnológico e digital”, diz. “Mas não é só o jovem talento que fica entusiasmado com a mudança. Eu diria que a maioria das pessoas mais experientes do setor também quer continuar a aprender.” 

Recorrer à formação para encontrar a sua voz 

O que é mais importante: o que aprendemos na universidade ou o que aprendemos com a prática profissional? A resposta: ambos. Como explica Vasco Salgueiro, Executive Manager da Michael Page Finance,  
“sim, as qualificações são importantes, mas também o é o desempenho comprovado “no terreno” nas várias fases da sua carreira.” 
Embora na fase inicial da evolução profissional o conhecimento prático possa parecer menos importante, isso não é necessariamente verdade, observa Alan Hyslop. “Esse conhecimento prático determinará o sucesso das fases posteriores da sua carreira. Mesmo no início do seu percurso, é importante formar e expressar opiniões, comunicar eficazmente em grupo e ter uma vertente comercial.”  

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