Um novo paradigma: trabalhar no setor do retalho em 2019

É inequívoco que, se olharmos para o mercado de trabalho e o compararmos com a sua realidade de há algumas décadas, encontraremos diferenças extraordinárias na forma e conteúdo da atividade profissional nos diversos setores. Se algumas profissões mantêm o seu nível de preponderância e reputação social, como a medicina ou a engenharia, outras têm vivido transformações significativas. No retalho, a mudança é notória e traz hoje uma atratividade e desafio completamente diferente aos profissionais desta área.

Trabalhar no retalho é cada vez menos uma alternativa de último recurso, como tantas vezes foi encarado em gerações anteriores. Nos dias de hoje, é exigido a estes profissionais (desde um vendedor até a um retail manager) um nível de diferenciação considerável, assente precisamente nas transformações que o setor sofreu e que colocam nas suas mãos a responsabilidade de gerir o negócio como se fosse seu. Mas que diferenças são essas que tornam o retalho um meio de aprendizagem e crescimento profissional apetecível aos dias de hoje? Podemos identificar quatro grandes motivos:

Análise, marketing e vendas: o palco de vendas do retalho

Há muito que o retalho largou a sua face de comércio tradicional e de proximidade local. Actualmente, e principalmente nos mercados desenvolvidos, as grandes estruturas comerciais dominam o mercado e colocam um foco gigante em tópicos como a análise de vendas, resultados, indicadores de performance, marketing leads, etc. Muito mais do que noutros setores, estes tópicos ocupam o dia-a-dia destes profissionais, tornando a atividade extremamente analítica, dinâmica e desafiante.

Tecnologia: o palco digital do retalho

As novas tecnologias são sempre referenciadas quando falamos do futuro, mas poucos setores de atividade sentem tão diretamente o impacto das novas tendências tecnológicas quanto o do retalho. A venda digital é tanto um desafio quanto uma oportunidade para os profissionais de retalho, desde o profissional de loja (que recebe clientes mais informados) ao profissional de marketing (que foca o comportamento de consumidor e a geração de leads). Projetos como as digital stores forçam os profissionais do setor a possuir uma maior familiaridade com novas ferramentas tecnológicas.

Trabalho em equipa: o palco da gestão de pessoas do retalho

Uma boa parte dos profissionais de gestão refere que o grande desafio das suas carreiras passa por gerir pessoas. A combinação de diferentes personalidades, de modo a criar um verdadeiro espírito de equipa, é o desafio de maior complexidade para esses gestores. Mais uma vez, o setor do retalho destaca-se por criar um contexto de enorme exigência nesta matéria, onde as equipas de venda necessitam de uma liderança presente, diferenciada e estratégica para cumprirem os seus objetivos. O gestor de retalho é claramente um perfil relacional e orientado às pessoas, beneficiando deste enquadramento profissional para se desenvolver.

Planos de carreiras: o palco do crescimento funcional no retalho 

Por fim, a trajetória de carreira no retalho aparece muitas vezes como algo mais transparente e estruturado do que em muitos outros setores. É importante referir que esta questão não se traduz necessariamente numa maior facilidade de crescimento ou reconhecimento profissional; ainda assim, é mais claro para um profissional de retalho “onde pode chegar na sua carreira” do que o é para tantos outros profissionais em diferentes áreas de atividade.

Em suma, desenvolver uma carreira no retalho poderá ser hoje algo mais estimulante e exigente do que o era há algumas décadas. Se considera ter um perfil analítico, se possui apetência para a área tecnológica, se se considera um bom líder e se procura um projeto de carreira, então o retalho poderá ser uma óptima opção para si.

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