Retrato de uma mulher sorrindo com cabelo loiro, fundo branco.

A saúde mental tem vindo a receber a atenção de vários setores da sociedade e foi recentemente um tópico importante de discussão no Fórum Económico Mundial 2020. Em Davos, onde líderes de várias áreas e geografias se reuniram para encontrar soluções práticas para alguns dos problemas globais mais prementes, a saúde mental esteve na agenda como um tema prioritário do debate entre estes stakeholders. No início do ano, principais líderes de opinião discutiam assim as medidas a tomar a nível global para melhorar a saúde mental. Nessa altura, ninguém pôde antecipar o impacto que a propagação de um vírus pudesse provocar na humanidade e é ainda muito cedo para prever os seus efeitos a longo prazo na saúde mental.

As questões de saúde mental afetam uma em cada dez pessoas em todo o mundo, o que implica para o setor empresarial perdas de 1 bilião de dólares a nível mundial, de acordo com um relatório do Fórum Económico Mundial. Resultados de estudos como os do PageGroup já tinham mostrado a necessidade de se considerar a saúde mental como uma preocupação de negócio e de se criarem ferramentas que permitissem desenvolver ambientes de trabalho saudáveis, nos quais se possa tratar de forma adequada qualquer tipo de problema que possa afetar todos os colaboradores, incluindo os que desempenham funções de direção.

Atualmente com a situação excecional que estamos a viver, há uma forte probabilidade de as dificuldades relacionadas com saúde mental aumentarem a nível global, motivadas pelo impacto de emoções fortes, como o medo, tristeza ou ansiedade.

Quando vivemos constantemente com o pensamento focado em como o atual contexto vai impactar nas mais variadas áreas da nossa vida, manter a nossa própria saúde mental e bem-estar, assim como a da nossa comunidade, torna-se um desafio e uma prioridade.

Atualmente, o medo e a ansiedade estão associados às mudanças rápidas e drásticas. Trabalhar exclusivamente em casa pode não corresponder exatamente ao sonho de muitos, pois são adaptações que levam tempo. A habituação a um novo ritmo de trabalho e isolamento remotos exige sermos realistas nos objetivos que estabelecemos, tanto para nós quanto para os outros que se encontram sob a nossa responsabilidade.

Enquanto permanecemos em casa, existem várias coisas que podemos fazer para apoiar e gerir o nosso bem-estar. Tentar estabelecer uma base sólida para a saúde mental, mantendo uma rotina em torno dos horários de sono, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercício vão ajudar a reduzir os níveis de ansiedade, a regular melhor as emoções e a manter-nos calmos e positivos:

Estabelecer um Horário

É muito importante criar rotinas e horários claros, sete dias por semana: acordar, vestir-se (não ficar de pijama) e manter a ocupação, assegurando-se que também tem tempo para descontrair. As rotinas ajudam a gerir a ansiedade e adaptar-se mais rapidamente à realidade atual. Separar o horário de trabalho de outras atividades lúdicas e trabalhar com intervalos claros ajudará a manter a clareza de pensamento.

Manter-se saudável fisicamente

A importância de comer bem, incluindo vegetais e fruta fresca, aliada a um sono de qualidade, proporciona energia. O exercício pode ser também um redutor de stress eficaz e aumenta a sensação de bem-estar, sendo que há inúmeras ideias, aulas online  e tutoriais de como fazer exercício em casa. 

Mindfulness

As técnicas praticadas na meditação e mindfulness, como a respiração profunda e lenta, podem aliviar a depressão e ansiedade e melhorar competências como a memória e consciência, ajudando a baixar a pressão arterial e os níveis de cortisol (hormona do stress).

Distrair das notícias negativas

Limitar o tempo dedicado a ver notícias na TV ou na internet e escolher pequenos momentos e formas de se desligar pode contribuir para diminuir os sentimentos de medo e ansiedade. Estar atento à qualidade das fontes de informação e informações corretas também ajuda.

Manter o Contacto

Até os mais introvertidos precisam de criar algum sentimento de ligação e há várias formas de combater o isolamento. Aproveitar a tecnologia, através da participação em fóruns virtuais, grupos de café online, clubes de livros online e espaços de trabalho onde pode trabalhar na presença (virtual) de outras pessoas, são algumas opções para nos sentirmos emocionalmente ligados. Ou manter o contacto com a família, amigos e colegas através de chamadas de vídeo. Estamos em isolamento social, mas não precisamos de nos sentir sozinhos.

Pedir Ajuda

Se ainda assim é difícil gerir a ansiedade, há organizações e empresas que dispõem de linhas de apoio que podem dar ajuda emocional, além do envolvimento dos responsáveis, membros do Board, equipas de RH, entre outras, que podem ajudar a passar por esta situação de uma forma conjunta. Muitos profissionais de saúde mental estão também a dar consultas via online e poderá recorrer aos seus serviços durante este período.

 

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