Cultura e potencial

No ambiente atual, as empresas já não oferecem simplesmente um produto ou serviço. Têm uma voz e comunicam convicções claras como parte integrante da marca, orgulhando-se da sua herança.

Ter um propósito apelativo e verdadeiro é hoje em dia fundamental para atrair e reter  clientes e talento. Mas como pode uma empresa chegar a essa cultura forte em que os colaboradores, dirigentes e clientes compreendem o propósito subjacente à sua atividade?

Missão e cultura

Acima de tudo, os líderes têm de envolver os seus colaboradores na construção dessa cultura e propósito. Aliás, embora pareçam ser apenas termos “da moda”, estes são fundamentalmente importantes para a formação de equipas bem-sucedidas.

E devem estar construídos sobre dois pilares essenciais: autenticidade e comunicação. O propósito não pode ser confecionado. Deve ser real, credível e considerado sinceramente nos seus próprios méritos - e não ser meramente um estratagema cínico para convencer os clientes e colaboradores de que a empresa merece que invistam nela o seu dinheiro ou energia.

Desde que seja autêntico, o propósito deve ser comunicado apaixonadamente a todas as audiências, internas e externas, de forma consistente, clara e contínua. Deve ser o ponto de partida para todas as decisões, investimentos, campanhas de marketing e ações corporativas.

Maior exposição

Não podemos esquecer que o fenómeno da internet e redes sociais trouxe nova visibilidade e imediatismo à avaliação que as pessoas fazem das organizações. E que os profissionais de topo começam a ter um papel cada vez mais ativo na decisão sobre o local onde vão trabalhar – em vez de serem meramente contratados. Websites como o Glassdoor permitem aos profissionais “ver” o interior das empresas, ter uma noção do seu propósito e dos seus valores e avaliar o que os dirigentes podem estar a fazer  de forma correta ou incorreta.

Sobretudo nos setores em que determinados perfis de talento têm uma elevada procura, ter uma cultura orientada por propósitos demonstráveis pode constituir a diferença entre atrair os melhores ou perdê-los para empresas mais apelativas.