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São vários os estudos de employer branding que confirmam que ao longo destes anos, o setor do retalho é o menos atrativo para os candidatos na hora de pensar num novo desafio profissional.
No entanto, e em pleno ano de 2019, começamos a assistir a uma mudança de mentalidades. Se, por um lado, antigamente o retalho era uma alternativa de último recurso sem perspetivação futura, hoje são cada vez mais os profissionais que veem neste sector um palco para o crescimento da sua carreira. As análises inerentes às vendas, as novas ferramentas digitais, a possibilidade de gerir uma equipa e a progressão de carreira são ingredientes fundamentais para tornar este sector mais interessante. Para além disso, assistimos a um aumento da atratividade dos salários e das ofertas na área, e é neste momento que a criatividade dos retalhistas é posta à prova quando falamos em recrutar e reter talento.
Como disse o fundador da Amazon, Jeff Bezos, “A tua marca é o que os outros dizem sobre ti quando não estás presente” e, por isso, não basta que as empresas criem uma simples lista das oportunidades em aberto à espera que as candidaturas surjam: é necessário que se criem estratégias de marca para que sejam consideradas como a 1ª opção por parte dos profissionais; por outras palavras, é preciso criar uma cultura organizacional que os colaboradores valorizem e, consequentemente, partilhem com os demais. Torna-se premente investir cada vez mais no desenvolvimento do employer branding por parte das empresas, não só por uma questão de atração de talento, mas também de retenção, uma vez que estudos concluem que se pode assistir a uma redução de 28% na rotatividade do pessoal.
1. A criação de programas de trainee, que permitem atrair jovens talentosos com a ambição de desenvolver a sua carreira na área de retalho; para além de ser uma boa forma de dar a conhecer as várias áreas de negócio, é também uma oportunidade para partilhar as oportunidades profissionais em várias localizações geográficas. As grandes insígnias retalhistas são o exemplo onde estas práticas já têm um grande peso.
2. O desenvolvimento de parcerias com instituições de ensino, para além de serem uma boa forma de conhecer candidatos muito interessantes para o sector do retalho, são também uma ótima oportunidade das empresas partilharem com os alunos (e, por conseguinte, futuros profissionais) a realidade do dia-a-dia dos profissionais de retalho, assim como da multiplicidade de oportunidades laborais que existem neste sector e planos de carreira associados.
3. A incorporação de benefícios, como a flexibilidade horária, seguros de saúde, autonomia, formação contínua ou inovação, são aspetos centrais que devem ser pensados como estratégias internas por parte de empresas, uma vez que a compensação salarial começa a deixar de ser o único fator decisivo de mudança.
Assim, num mercado cada vez mais competitivo, não basta recrutar. É necessário atrair e reter talento através das mais-valias que cada empresa tem seja através de processos de recrutamento mais “fora da caixa”, como através de criação de uma cultura corporativa forte, coesa e que transcenda o universo interno da organização. Para este efeito, destaca-se a forte aposta nas redes sociais, bem como o intercâmbio de experiências entre colaboradores e futuros candidatos.
Apresentamos uma análise salarial de diversas funções nos diferentes setores de atividade.