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As pessoas procuram relações com mais significado e isso não se limita ao trabalho. Os potenciais candidatos devem compreender o propósito da sua função. E os empregadores pretendem contratar os melhores talentos disponíveis, que também tenham potencial para crescer com a empresa. Como pode trabalhar para isto?
As pessoas querem compreender o propósito que está subjacente ao trabalho. Querem significado e querem sentir-se realizadas nas tarefas que desempenham. Esta demanda, muitas vezes associada aos “millennials”, tem um eco intergeracional e, atualmente, é uma prioridade para todos os candidatos. Por conseguinte, tem de assumir o mesmo relevo para as empresas.
Se compreender o propósito da sua empresa e conseguir explicá-lo a um público que não seja constituído pelos seus empregados, conseguirá contratar as melhores pessoas disponíveis. Embora nem todos os empregadores ajam desta forma, fazê-lo é uma forma segura de conseguirem atrair, de um modo constante e eficiente, o talento de que necessitam para crescerem e se tornarem as empresas que pretendem vir a ser.
Álvaro Fernández, Director General na Michael Page explica;
Mais do que um trabalho com um salário ao final do mês, o novo talento procura projectos com verdadeiro significado, que representem autênticas experiências de vida e que marquem de facto a diferença na sociedade ou no mundo corporativo.
Os profissionais da atualidade procuram projetos com resultados concretos e rápidos, exigindo feedback constante e imediato do seu trabalho.
Silvia Nunes, Diretora da Michael Page, acrescenta:
As empresas necessitam de estar conscientes das exigências dos candidatos e escutá-los muito bem. Os candidatos precisam de sentir que as empresas encaram as suas opiniões de forma séria. Ao acontecer, este é um fator muito motivante para os profissionais. Os colaboradores da atualidade querem sentir que são uma parte importante da organização.
Hoje em dia, a comunicação e o acesso à informação são mais rápidos, comuns e aprofundados do que nunca. As mensagens instantâneas, as redes sociais, as redes internas das empresas e os sites de críticas abriram as portas da informação a qualquer pessoa. A adaptação a esta nova realidade através de conversas francas atrairá os melhores candidatos para a sua empresa, pois as culturas orientadas por um propósito funcionam realmente.
Principal ideia a reter: A procura de um significado para o trabalho é um dos principais fatores de atração para os melhores candidatos disponíveis. As pessoas, hoje em dia, comunicam de uma forma diferente. As empresas que reagem a isto e falam com os candidatos e os empregados suplantarão as que não o fazem.
A economia dos biscates, os contratos a prazo e os contratos de trabalho temporário têm vindo a ganhar importância nos últimos anos, tanto para empregados como para empregadores. Há também a aceitação tácita de que deixou de haver empregos para a vida, se é que ainda são apelativos. É imperiosa a harmonização dos direitos sociais, independentemente da relação com o trabalho, para que empregados a tempo inteiro e empregados a tempo parcial recebam o mesmo tratamento.
Se fosse criada uma proteção social universal para todos os trabalhadores, independentemente do seu vínculo laboral, isso seria uma garantia adicional de proteção das pessoas e facilitaria as alterações pelas quais o mercado de trabalho está a passar, proporcionando a flexibilidade que empregados e empregadores pretendem.
Para este efeito, é necessário repensar a legislação local, nacional e regional, assim como as proteções sociais. O atual estatuto jurídico concentra-se excessivamente em contratos a tempo inteiro sem termo. As estatísticas corroboram esta conclusão: os contratos a termo certo cresceram 25% na UE27 desde 2001-12 (contratos sem termo 7%), quase metade (43,9%) dos empregados com idades entre os 15 e os 24 tinham um contrato de trabalho com termo certo. Na França, a segunda maior economia da Europa, seis em cada 10 novos empregos são posições a prazo ou temporárias.
Sílvia Nunes comenta; “Embora os trabalhos de contrato temporário não sejam a forma de trabalho mais desejada em Portugal, mudar a relação com o trabalho neste sentido oferece opções e flexibilidade e, desta forma, incrementa a retenção e motivação dos colaboradores.”
Principal ideia a reter: As pessoas estão dispostas a trabalhar sob vários tipos de vínculos laborais hoje em dia, mas a rede de segurança social ainda não se adaptou a esta nova realidade. Os empregadores podem fomentar esta mudança valorizando todos os empregados, independentemente da sua relação contratual, o que será benéfico para ambas as partes ao criar a força de trabalho flexível de que a sua empresa necessita para crescer.
Salário e o bom nome da empresa costumavam ser os principais fatores de motivação para os candidatos. E as ofertas de emprego que usam estes parâmetros ainda atraem candidatos. No entanto, os gestores de recursos humanos admitem que a interação com as ofertas de emprego tradicionais está em declínio em todas as plataformas.
No panorama atual, os candidatos querem compreender os feitos e os compromissos sociais das empresas. Querem saber que causas e temas a empresa apoia. Querem saber como é trabalhar na empresa e compreender o propósito subjacente à missão, de forma a compreenderem a fundo os valores da empresa. Porquê? Porque, atualmente, as pessoas estão mais conscientes da igualdade entre os sexos e as minorias, e querem ver normas antidiscriminação implementadas para se protegerem a si próprias e terceiros.
Uma vez que os candidatos são pré-selecionados com recurso à tecnologia disponível, porque não haveriam de usar as ferramentas ao seu dispor para efetuarem uma pré-seleção dos empregadores? Os candidatos querem compreender que posição irão ocupar, querem compreender as suas tarefas num contexto mais alargado, que lhes permita avaliar o contributo real para a missão da empresa e terem mais gozo no trabalho e na vida.
Como se pode combater isto? Sendo claro acerca das perguntas que os candidatos fazem ou, pelo menos, tendo as respostas que procuram. A Michael Page entrevista milhares de candidatos todas as semanas e compreender o que os candidatos procuram é o mais importante para nós. Podemos ajudá-lo a encarar a sua empresa da perspetiva de potenciais candidatos e encontrar respostas para as seguintes perguntas:
A Diretora da Michael Page considera que comunicar o significado das tarefas do colaborador deve ser algo tão comum como comunicar o salário. “Começámos a recomendar às empresas que expliquem o seu propósito. Isto torna o processo de recrutamento mais rápido e simples, promovendo a transparência e atraindo o melhor talento.”
Principal ideia a reter: Uma boa oferta de emprego implica, atualmente, mais do que um salário elevado e um bom nome da empresa. Deve ajudar a diferenciar a sua empresa de outras, mas também dar uma ideia do que é trabalhar na sua empresa.
