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Quer seja um empregador que está a contratar novos talentos para colmatar uma lacuna em termos de competências ou um gestor responsável pela contratação à procura de planear a sua estratégia de contratação para os próximos 12 meses, nunca foi tão importante compreender quais são as competências e os atributos mais procurados no sector jurídico. Em tempos de incerteza, as soluções inovadoras são cada vez mais necessárias para resolver problemas complexos.
Tendo esta situação em consideração, compilámos uma lista de algumas das principais competências que tendem a definir o ano de 2021 no sector jurídico. Estas são as competências em que as equipas precisarão de prosperar e ter êxito neste ano.
Os outros artigos neste e-book irão ajudar a contratar tendo as competências em mente e ajudar a compreender por que motivo a melhoria de competências e a requalificação são tão importantes numa organização moderna.
Dado que o escrutínio e o rigor constituem o elemento principal na área jurídica, talvez não seja de admirar que o setor se tenha vindo a preparar para todas as consequências do Brexit desde há algum tempo. As competências em torno da capacidade de adaptação e do planeamento irão, por isso, continuar a ser essenciais. Entretanto, os avanços tecnológicos estão a desenvolver o quotidiano dos profissionais, com a IA e a automatização a fazer desaparecer algumas tarefas administrativas tradicionais. As pessoas que conseguem, por um lado, estar atentas aos desafios e, por outro, às oportunidades continuarão a beneficiar durante o ano de 2021.
Nunca foi tão importante demonstrar o seu valor financeiro para uma empresa.
Os indivíduos que possuem perspicácia comercial muitas vezes adotam uma mentalidade pragmática. Tal envolve a identificação e, depois, o equilíbrio das oportunidades e das ameaças através da análise das tendências e da averiguação do que a concorrência está a fazer. A sua tolerância ao risco pode definir em grande medida o seu nível de perspicácia comercial. Em última instância, as partes interessadas de nível superior querem saber as eventuais consequências das suas ações – como conseguem chegar à solução comercial mais rápida para questões jurídicas ao mesmo tempo que assumem a menor quantidade de risco? O aspeto essencial neste caso é não ser encarado como "alguém que diz sempre não", mas antes ser encarado como um facilitador para atingir as metas.
A adoção de uma abordagem de aprendizagem contínua irá ser sempre útil neste setor.
As pessoas que pretendem ingressar na área jurídica com uma licenciatura de nível superior de uma boa universidade tendem a obter as funções de auxiliar jurídico nos principais escritórios da cidade. Uma sólida formação académica é essencial na maioria dos casos e também ajuda a obter funções contratuais de auxiliar jurídico e de formação. No entanto, não é este o nível em que a perspicácia académica começa e acaba. Os estudos de pós‑graduação, por exemplo em propriedade intelectual, são muitas vezes úteis para colmatar a lacuna entre o conhecimento académico e a formação profissional.
Os atores talentosos tiram partido das maiores oportunidades.
A priorização é uma competência particularmente importante de possuir no setor jurídico, a todos os níveis. As prioridades concorrentes podem tornar-se rapidamente esmagadoras se não conseguir avaliar a sua carga de trabalho com a cabeça fria e tratar primeiro das questões mais prementes. A competência da priorização está estreitamente relacionada com a perspicácia comercial e a comunicação, pelo que as decisões não devem ser tomadas com base em quem grita mais alto, mas sim onde se encontram as maiores oportunidades empresariais. É essencial comunicar depois estas decisões e obter aprovação dos colegas, e é a este nível que as competências em colaboração se podem tornar particularmente valiosas.
Uma atitude determinada e proativa pode ainda permitir avançar.
As pessoas talentosas não esperam que lhes sejam apresentadas tarefas nem esperam que a sua próxima grande oportunidade esteja ao virar da esquina. Estas resolvem os problemas de forma proativa e vão atrás de áreas de oportunidade. Por exemplo, muitos auxiliares jurídicos esforçam-se por qualificar-se como advogados no futuro e alcançam este objetivo adotando uma abordagem dinâmica em relação à melhoria de competências. Se forem proativos nas suas funções de apoio jurídico, a solicitação de trabalho adicional ajuda-os a obter exposição a trabalho mais complexo e interessante, bem como eventualmente a conseguir de um contrato de formação. Ser proativo é bom tanto para o indivíduo como para a empresa no geral.
É mais crucial do que nunca saber o que se passa no mundo ao seu redor.
O sucesso neste setor é muito mais do que a boa gestão de contas e a manutenção da satisfação dos clientes existentes. Também é importante saber o que está a acontecer no mercado e reagir às oportunidades para descortinar novas e potenciais fontes de receita. Idealmente, qualquer aspeto além da experiência pós-qualificação de quatro anos está a tornar-se um requisito essencial para os solicitadores serem competentes em desenvolvimento empresarial. Uma coisa é a aquisição de conhecimentos sobre o mercado; e outra muito diferente é a transformação de informações em ações e as pessoas que são hábeis a este nível têm sempre uma procura elevada.
Uma forma de garantir a empregabilidade a longo prazo é evitar ser encarado como um indivíduo com poucas competências.
É importante para os profissionais serem versáteis com todas as mudanças que estão a ocorrer no setor jurídico e o novo modelo que os escritórios estão a começar a adotar. Um exemplo frequentemente citado é o Keystone Law, em que os solicitadores que não estão interessados em tornar-se sócios e querem um melhor equilíbrio entre vida profissional e familiar podem atuar numa função mais consultiva. Numa altura de acelerada mudança, as pessoas que não tiverem capacidade de adaptação às tecnologias em evolução, à fixação de preços e à concorrência do mercado terão mais dificuldade em competir numa fase mais avançada.
Não se trata apenas daquilo que sabe – mas com quem está a conversar e influenciar.
Na atividade jurídica, a gestão das partes interessadas trata-se de muito mais do que o desenvolvimento de uma ampla rede de contactos, apesar de tal ser certamente útil para os indivíduos ao longo da sua carreira. Trata-se mais de ter a capacidade de comunicar de forma eficaz e de garantir que são tomadas as decisões certas numa situação de encruzilhada. Ao nível superior, tal envolve muitas vezes simplificar uma mensagem para os respetivos componentes básicos e garantir que as partes interessadas estão conscientes de todas as consequências de optar por fazer algo – e o que acontece se não o fizerem.
Ser capaz de equilibrar o curto e o longo prazo é sempre uma boa carta para adicionar à sua manga.
Embora tomar as decisões certas no momento seja sempre importante, também compensa estar de olho no futuro, tanto enquanto empresa como enquanto indivíduo. De acordo com a PwC, os principais escritórios de advocacia encaram o crescimento da tecnologia como o maior desafio que o setor terá de enfrentar nos próximos anos. No entanto, os avanços como a IA e a automatização também apresentam enormes oportunidades, ocupando-se das tarefas administrativas anteriormente penosas. Numa base individual, é importante saber onde quer chegar na sua carreira e preparar de forma contínua o seu conjunto de competências para o futuro para garantir que está pronto para tirar partido das oportunidades.
Apresentamos uma análise salarial de diversas funções nos diferentes setores de atividade.
