Como atrair e reter talento de topo

Praticar a retenção, com o grande objetivo de também construir boas práticas de atração? Dois conceitos que devem andar de braços dados, porém, como podemos aplicá-los?

Os nossos concelhos abordam uma série de temáticas e práticas que consideramos primordiais para o sucesso destes dois temas, começando por desenvolver uma cultura organizacional forte, mas sobretudo positiva, e de entre ajuda entre chefias e os seus quadros.

Uma das melhores práticas de retenção passa por termos nas estruturas líderes com energia positiva, um acelerador de bem-estar no trabalho, mas também uma demonstração ativa dos valores da empresa. Esta demonstração de uma atitude positiva, cultiva, naturalmente, comportamentos de confiança, humildade, sentimentos de pertença e reconhecimento, por parte dos quadros com as suas chefias e organizações, tendo fortes implicações a nível interno e consequentemente ao nível externo, aumentando assim, a probabilidade de as empresas serem mais atrativas aos olhos de futuros profissionais. Não menos importante, esta atitude positiva acaba por ser também um reflexo da importância que é dada ao bem-estar do colaborador no local de trabalho. Proporcionar o bem-estar em contexto profissional, físico e a nível da saúde mental, deve ser uma prioridade em qualquer situação.

Outro dos temas não menos importantes, passa pelo interesse e a preocupação com a evolução de carreira dos trabalhadores, um ponto chave na hora de reter e recrutar. Lideres, devem acompanhar constantemente as suas equipas, garantindo canais de comunicação claros e coesos, procurando dar feedbacks construtivos e incentivos no dia a dia de trabalho. A comunicação constitui neste momento no mercado de trabalho, uma vantagem extremamente competitiva em qualquer relação profissional, e dentro do tema do recrutamento, uma das questões mais abordadas pelos profissionais quando ponderam mudanças de projetos. Por esta razão, procure trabalhar em parceria, reavaliando as relações colaborador-empregador/colaborador-chefia com frequência, dando espaço à discussão de temáticas que sejam importantes para todos os envolvidos. Ainda dentro deste tema, e durante as fases de atração e respetiva retenção de profissionais, a gestão de expectativas é também primordial. Portanto, procure definir de forma assertiva, os planos de carreira de cada um dos profissionais, pois sabermos onde e como é que podemos alcançar os nossos objetivos dentro de uma empresa ou num projeto, é um fator decisivo para os profissionais qualificados.

Se procura atrair e reter os melhores profissionais, foque-se também em construir relações de confiança e metodologias de trabalho hibridas. Com todas as alterações presenciadas aos longos dos últimos meses, um dos principais fatores no momento da avaliação de permanência numa empresa ou de mudança profissional, são contratos de trabalho flexíveis. Confie no resultados da sua equipa, dê-lhes espaços para que os demonstrem, com responsabilidade. A possibilidade de trabalhar a partir do escritório ou de outro local, oferece equilíbrio e bem-estar entre a vida profissional e pessoal dos trabalhadores, além de que, aumenta o sentimento de segurança dos profissionais, sendo que representa também muitas vezes a redução de custos para as empresas e um maior envolvimento com as mesmas. Outra prática que deve ser tida em conta como estratégia fundamental, é a atribuição de benefícios úteis para o dia a dia do trabalhador.

Assim, procure fazer uma avaliação do perfil das suas equipas e dos benefícios valorizados entre as diferentes gerações presentes, podendo assim corresponder a algumas necessidades. Aqui destacamos: seguro de saúde, ginásio, vouchers, dias de descanso, redução pontual de horário de trabalho, dia de aniversário, entre outros. O mundo do trabalho atual rege-se hoje em dia por muitos outros parâmetros, para além do fator salário, e por isso, estes e outros aspetos devem todos ser tidos em conta no momento em que se avalia a retenção e a atração dentro das empresas, por forma a proporcionar uma experiência positiva a ambas as partes: empregador e trabalhador.

Autora: Carlota Silva, Senior Consultant