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"É só um emprego" é uma frase que não se ouve muito atualmente. Os candidatos não estão só à procura de uma boa função que pague um salário atrativo e lhes confira uma boa oportunidade de progressão na carreira. Estão à procura do seu emprego de sonho, e estão a pensar cuidadosamente nas várias características que esperam que o seu empregador ideal possua.

Para compreender aquilo com que os candidatos sonham atualmente, a Michael Page inquiriu mais de 5000 profissionais à procura de emprego em toda a Europa. Queríamos saber o que torna um gestor excelente e os erros de liderança que podem tornar um emprego de sonho num pesadelo. Também questionámos os inquiridos relativamente àquilo que lhes importa nas suas responsabilidades quotidianas. Por último, mas não menos importante, pretendíamos averiguar se as mulheres tinham critérios diferentes dos homens para avaliar os seus gestores.

Continue a ler, pois algumas respostas podem surpreendê-lo.

Quais as características de um excelente gestor?

A liderança é importante. Um excelente gestor é um guia, um mentor e um professor numa única pessoa que consegue inspirar e motivar os colaboradores a atingirem o seu potencial.

Eis as principais qualidades que os nossos inquiridos procuram num gestor:

  • Capacidade de ajudar os colaboradores a atingirem o seu potencial (indicada por 48% dos inquiridos)
  • Respeito (47%)
  • Liderança (46%)
  • Boas competências de comunicação (44%)

Quais as características de um mau gestor?

É evidente que nem todos os gestores podem ser excelentes, e mesmo os melhores têm os seus dias menos bons. Por isso, pedimos aos inquiridos que apontassem as características que não gostariam de ver num gestor. As principais respostas foram as seguintes:

  • Resistência à mudança — 43% afirmam que se sentem desmotivados por gestores que não aceitam a necessidade de mudança com o passar do tempo.
  • Falta de competências organizacionais — 38% dos inquiridos têm dificuldade em trabalhar para um gestor que não é suficientemente organizado ou que não consegue articular objetivos e marcos específicos.
  • Crítica de membros da equipa em público — Este é um grande problema para 37% dos inquiridos que preferiam que os gestores apresentassem uma crítica construtiva à porta fechada. Não admira que tantos inquiridos tivessem apontado o respeito como uma das qualidades que mais apreciam num gestor.

As mulheres e os homens têm diferentes critérios para avaliar os gestores?

Em síntese, sim. Para os homens, a principal qualidade num gestor é a liderança (indicada por 52% dos inquiridos). As mulheres, em contrapartida, dão prioridade ao respeito (indicado por 50%). As mulheres também destacam a boa comunicação e a ajuda prestada aos colaboradores para atingirem o seu potencial.

O que é que as mulheres não querem ver num gestor? A sua principal queixa é o facto de o gestor "não tratar os membros da equipa do mesmo modo". O facto de os homens percecionarem esta situação como uma questão de menor importância sugere que a luta pela igualdade de género ainda está em curso em muitas organizações. Até os gestores darem prioridade ao respeito, à inclusão e à igualdade, muitas colaboradoras irão sentir que terão mais dificuldade em alcançar os seus objetivos profissionais do que os seus colegas homens.

Se pretender obter mais informações sobre diversidade, igualdade e inclusão, consulte a nova secção do nosso website dedicada a estes temas.  

O que conta como reconhecimento?

Atualmente, os colaboradores não ficam satisfeitos por se limitarem a fazer o seu trabalho e receber um ordenado por isso. Querem obter reconhecimento pelo seu trabalho árduo. No entanto, qual é a forma que este reconhecimento deve assumir?

Para a maior parte das pessoas que responderam ao inquérito (58%), o reconhecimento traduz-se numa promoção ou, pelo menos, num novo conjunto de responsabilidades. Uma percentagem praticamente idêntica insiste que a recompensa financeira também é adequada para um trabalho bem feito. Porventura, a característica mais interessante é o facto de cerca de metade (49%) afirmar que o reconhecimento se traduz em situações em que os gestores ouvem a sua opinião. Mais uma vez, isto remete-nos para a ideia de que o respeito e a capacidade de assimilar outros pontos de vista constituem pilares de uma boa gestão.

Quais são as principais prioridades dos colaboradores?

Quando questionados sobre as suas prioridades quotidianas, 93% dos inquiridos concordaram com o facto de a transparência da empresa ter sido um elemento essencial num "emprego de sonho". Uma percentagem semelhante deu a sua aprovação a organizações que estimulam a progressão profissional. Talvez não seja surpreendente o facto de, na era da COVID e do teletrabalho, 88% pensarem que um emprego de sonho seria aquele em que fosse possível manter o equilíbrio certo entre a vida profissional e pessoal.

70% dos inquiridos pensam que é importante que as empresas proporcionem espaços de escritório atrativos e equipamentos modernos. Quanto às atividades de consolidação de equipa, 63% dos inquiridos encaram-nas como uma prioridade, apesar de esta percentagem aumentar para 71% no caso de pessoas com uma experiência de dois anos ou inferior.

Hot desking: sonho, pesadelo ou algures entre as duas realidades?

O hot desking consiste na prática de alocar secretárias a colaboradores apenas quando estas são necessárias ou com base num sistema de rotação. Embora esta não seja uma prática nova, o hot desking está a tornar-se cada vez mais comum na era pós-pandemia à medida que as empresas tiram partido do crescimento do teletrabalho para reduzir o seu espaço de escritório.

Cerca de quatro em 10 inquiridos (39%) gostariam de contar com uma opção de hot desking, embora apenas 3% a encarem como uma condição essencial. Cerca de 29% não se incomodam com qualquer um dos modos.

Quando questionámos as pessoas que valorizaram a opção de hot desking para explicarem as suas razões, 66% afirmaram que gostavam da ideia de um local de trabalho que pudesse ser adaptado de acordo com as suas necessidades. O hot desking permite, por exemplo, às empresas terem espaço para áreas tais como uma sala calma. Para 63% dos inquiridos, o hot desking era uma opção que equiparavam à flexibilidade e à liberdade, conferindo-lhes a possibilidade de trabalharem fora do escritório quando necessário.

E o que dizer dos 17% de inquiridos que não gostam da ideia de hot desking? As principais razões que este grupo apresentou para se opor à prática são os seguintes:

  • Pretendem ter o seu próprio espaço no escritório (78% dos inquiridos)
  • Não pretendem passar tempo a reservar secretárias (39%)
  • Têm medo de que os lugares não estejam disponíveis quando precisam dos mesmos num determinado dia (34%)

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O talento escasseia no atual mercado de contratação, por isso, nunca houve melhor altura para encontrar o seu emprego de sonho. Dê início à sua procura hoje mesmo, consultando os projetos que temos disponíveis no nosso website. E se for um empregador que acredita que tem o que é necessário para concretizar o sonho de um candidato, entre em contacto com um dos nossos recrutadores especializados hoje mesmo.

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