Muito temos falado sobre a mudança subtil, mas transformadora, que tem ocorrido em todo o mundo nas dinâmicas de trabalho nos últimos anos, a “Revolução Invisível”. As novas tendências vieram para ficar e outras nos esperam, mesmo face a paradigmas que considerávamos imutáveis.

Vejamos o caso atual da Alemanha. A economia alemã registou uma quebra de 0,6% no segundo trimestre de 2023, entrando oficialmente em recessão. Contudo, o desemprego tem-se mantido relativamente estável, com taxas inferiores a 6%. E a falta de colaboradores qualificados continua a ser um dos maiores problemas do país.

Em Portugal, a taxa de desemprego  manteve-se nos 6,1% no terceiro trimestre, inalterada face ao trimestre anterior. O mercado de trabalho em Portugal resistiu, assim, aos desafios da conjuntura económica no último verão.

Poderemos estar perante um novo e interessante paradigma, em que a recessão económica não estará necessariamente associada a uma redução exponencial do emprego qualificado. Os profissionais especializados têm neste momento duas poderosas ferramentas ao seu alcance: a fácil atualização sobre oportunidades de emprego em tempo real e a proliferação dos modelos de trabalho híbrido  que lhes facilita a procura de novos projetos. De facto, 36% dos colaboradores inquiridos no nosso último estudo mudaram de trabalho em 2023!

E com uma força de trabalho constituída em 59% por “pessoas ativamente à procura de emprego”, aliada à crescente volatilidade da economia portuguesa, prevê-se que este número continue a aumentar. Outro dado surpreendente é que a abertura a novas oportunidades não é atenuada pelo agravamento das perspetivas económicas. Para 67% dos inquiridos, existe uma maior propensão para procurar um novo emprego quando a situação económica se agrava.

A ameaça de alta rotatividade será permanente na nova era do talento qualificado. Mas do lado positivo desta situação está o dinamismo do mercado de trabalho, encontrando-se universalmente em movimento. São boas notícias, obviamente, para os profissionais qualificados que terão capacidade de escolha e oportunidade de aumentar o salário, mas também o podem ser para as empresas. Apesar das maiores dificuldades na retenção de talento de topo, poderão por outro lado ter ao seu alcance uma pool de profissionais altamente competentes e qualificados que, se conseguirem atrair, trarão novas skills e conhecimentos e um dinamismo ao mercado nunca antes visto.

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