Tradicionalmente, seguir uma carreira significava começar na base e gradualmente trabalhar até ao topo. Não era fora do comum um profissional trabalhar no mesmo setor e, muitas vezes, na mesma empresa durante toda a sua vida profissional.

O mercado atual é mais dinâmico e são mais as pessoas que valorizam a oportunidade de explorar diferentes opções de carreira. Mudar de emprego e de setor é muitas vezes visto como um fator de sucesso. O talento especializado é raro, o que significa que os candidatos mais competentes podem subir rapidamente nos rankings hierárquicos (se o pretenderem). Para algumas pessoas, outros fatores são prioritários, como manter um bom equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

As estratégias de carreira estão a mudar. Mas como funciona na prática? Para descobrir, a Michael Page questionou 6,286 candidatos a nível europeu entre Julho e Setembro. Os resultados poderão ser interessantes para si.

Os percursos profissionais atuais são dinâmicos

Os dias em que uma carreira bem-sucedida era maioritariamente definida pela sua estabilidade, início numa posição entry-level numa empresa familiar e trabalhar para subir de posição, terminaram. Quase metade (47%) dos candidatos que questionámos afirmou que mudou para um setor diferente desde o início da sua carreira. No entanto, mudar de setor não é a única forma de ser bem-sucedido, com 45% dos inquiridos a indicarem que foram promovidos dentro de uma mesma empresa.  

Quando deve mudar?

Perguntámos aos nossos candidatos quanto tempo ficariam na mesma posição antes de considerarem uma mudança. Mais de um terço (35%) dos profissionais escolheu entre três a cinco anos, sendo três anos a resposta mais frequente. Por outro lado, 40% afirmaram que depende da dinâmica da empresa, sugerindo que uma mentalidade flexível é uma competência essencial ao definir percursos profissionais. 

Quantos empregos fazem uma carreira?

Cerca de 15% dos inquiridos está convicto de que encontrou o emprego ideal e não pretende mudar. No entanto, esse pensamento é diferente para as pessoas que acham que vão ter dois (18%), três (18%) ou quatro (7%) empregos diferentes na sua carreira, com 11% a acreditar que necessitam de cinco ou mais empregos.

Muitos candidatos pretendem mudar rapidamente. Aproximadamente 62% dos candidatos ou já mudaram de carreira (38%) ou estão no processo de mudança (24%). Apenas 10% afirmaram que nunca pensaram em mudar o seu percurso profissional. Destes candidatos, 46% acreditam que o seu emprego atual é o ideal, enquanto 22% é da opinião que mudar de carreira parece ser complicado ou arriscado. Por fim, cerca de 12% dos profissionais já pensaram em mudar de carreira, mas acham que não vão fazê-lo.

Motivação para mudar

O que pretendem encontrar os profissionais num novo emprego ou carreira? Mais de metade  (56%) dos inquiridos está pronta e disposta a aprender coisas novas, enquanto 46% veem potencial para estarem abertos a mais oportunidades e melhores percursos profissionais.  

No entanto, o crescimento profissional está longe de ser a única prioridade do candidato atual. Muitas pessoas procuram um sentimento de realização na sua vida profissional. Quase 39% pretende trabalhar numa empresa com um forte propósito, enquanto 32% procuram uma carreira que esteja alinhada com os seus valores pessoais. Os interesses e responsabilidades pessoais também são importantes, 41% dos candidatos desejam alcançar um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional na sua nova carreira.   

Mesmo com a dinâmica do mercado de trabalho atual, é raro mudar de carreira impulsivamente. Cerca de 41% dos candidatos afirma ter demorado vários meses ou anos a tomar uma decisão, por oposição a 32% que foram encorajados por uma situação concreta, como perder o emprego (23%), sofrer uma crise relacionada com o COVID (14%) ou ser impactados pela cultura ou estrutura da empresa (13%).

Upskilling para o sucesso

O facto de um candidato pretender mudar de carreira não significa que tenha atualmente as competências para fazê-lo. Cerca de 37% dos profissionais indicou necessitar de formação extra para facilitar a sua mudança, em aposição a 36% que não necessitam. Entre os anteriores, 19% tiveram de se despedir para se focarem em novas formações. Aproximadamente 29% dos candidatos completaram uma avaliação de competências ou receberam conselhos de profissionais.

Employer branding marca a diferença

As empresas podem sentir-se inspiradas pelas nossas descobertas, que demonstram que os candidatos são atraídos por chefias que incentivem o crescimento profissional e uma cultura que apoie os colaboradores. Contacte-nos e descubra como a Michael Page pode ajudá-lo a posicionar-se para atrair o talento que necessita.  

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